Da luta diária, que tanto falam, guardo a
memória do esquecimento. Sim, quero esquecer a luta, e engrandecer o riso, a
satisfação de cada momento em que respiro. E resplandecer em cada memória em
que estive contigo, em ato, ou em pensamento. Cada momento, sem nenhuma
omissão.
De onde tiro tudo isso, dirás, todas essas
bobagens, esses engodos? Tiro do que todos chamam de coração, do que os sábios
chamam de mente, os místicos chamam de alma. Cada palavra que brota aqui é um
acalanto que te faço, um desejo de abraço que nos acolha, um ao outro, sem
pejos.
E tudo o que faço, o faço por mim, que não
posso mais viver sem ti, mas mesmo assim, continuo vivendo. Contradição entre o
que sinto e o que o corpo apronta comigo...continuo respirando, mesmo sem os teus
pulmões; continuo vendo, mesmo sem teus olhos; falando, mesmo sem tua boca. E te perdendo, me ganho, feliz com a descoberta:
o amor não nos limita; nos faz ganhar, sempre.
Visto então que nem tudo na vida é ganhar só
para si mesmo, mas também compartilhar, aqui vai meu riso, meu gesto, minha
intenção. Recebe- me assim, de mãos e olhos, poros e ouvidos abertos. Eu sempre
estou chegando...
então seja bem vinda...
ResponderExcluirLindo!
Obrigada, Mariana! bj
Excluir