Tateio tua pele
Com mãos de cegueira.
Te conheço e reconheço,
E me mantenho inteira.
Já fiz poesias de me
perder,
Mas foram tempos sem
memória,
Em que havia me dado a
outros
E não contava minha
história.
Tateio tua pele
Com minhas pupilas sedentas.
Sei do teu rosto
Dos teus contornos
E não preciso tocá-lo.
Do que servem as mãos
Se estou contigo em
pensamento?
Minha alma só se alarga
Quando te procuro no
vento.
Tateio tua pele
Te sentindo por dentro.
Me visto de ti, te
experimento,
Te apascento a alma,
Te trato com
unguentos...
Cuido de ti, e de nossa
ferida,
sou para ti amante e
amiga.
Mas eu mesma durmo ao
relento,
Para apagar o calor
que me vai por dentro
Nenhum comentário:
Postar um comentário