Ontem a lua
Cheia como o sol
Olhava os seres
Em suas redes escusas.
Amantes saudosos
Do que ainda não fora,
Abraçavam-se, sôfregos,
Não vivendo em presença.
A ausência pairava
Entre todos os muros.
A falta da carne,
Dos ossos, do cheiro.
De mortos e vivos.
Eu, acordada,
Abraçando o que Era,
Observava o mundo
Que não vive o agora...
Sempre lindos os seus versos, querida...
ResponderExcluirUma delícia de se ler!
Beijos!