Queria te entender
Até o cerne
-mas não.
Queria sentir tua dor
-mas como?
Saberia te responder
Dar guarida
Cuidados
Se te soubesse do avesso?
Ou me enredaria
No teu novelo
De medos e tristezas
Antigas
Que me ofereces
Com olhos baços
E semblante triste?
Te miro
E entro no teu ritmo.
Meu peito fica opresso
Como se enorme pedra
Me prendesse ao solo,
Sem expectativa
De salvar-me.
Saio do teu ritmo,
Não preciso disto.
Águas abissais
Agonia, opressão...
Não.
Te ofereço, de fora,
Sim, de fora do poço,
Nenhum comentário:
Postar um comentário