Um trechinho aqui:
Sua poética tem a fluência e a malemolência de quem, além da poesia, também se dedica à música. A poeta e a compositora se aliam na tessitura do ritmo e da melodia. Esse encontro das várias Anas transparece em poemas como Porcelana Chinesa - a amante da cultura oriental, a pintora, a cantora, a mulher de longa trajetória existencial.
Aliás, a passagem da autora pelo Japão está impressa em sua poesia e ganha um espaço particular nas poesias Símbolo eJapão, assim como nos poemas escritos entre 1994 e 1995, alinhados, neste livro, no segmento intitulado Oriental. Nessa etapa, a autora, mais que nunca, parece buscar sua própria identidade, num processo de desconstrução e renovação. Essa experiência está latente na série de poemas Nihon.
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