sábado, 14 de dezembro de 2013

LETRAS E MÚSICA, JUNTOS: DOIS SONHOS REALIZADOS EM DEZEMBRO

Dezembro começou para esta pessoa aqui de maneira especial. Dois lançamentos, um no dia 06, da Antologia Poesia 2013,  organizado por Marciano Vasques,e outro no dia 07, do Caderno de Poesias, organizado por Lunna Guedes. Honrada duplamente pela participação, e comemorando, de alguma forma, o fato do sonho de 'ser escritora' estar se tornando, dia a dia, cada vez mais parte do meu quotidiano.

Além disso, um segundo sonho, o de apresentar minhas composições musicais, engavetadas há muitos anos, e atualmente em processo final de mixagem, pôde tornar-se realidade nestes mesmos dois dias. Revivi a emoção de pisar no palco novamente, após mais de vinte anos, acompanhada ao piano por meu amigo Maurício Bonanno, no dia 06. E toquei ao violão algumas delas no dia 07, no sarau Plural de 2.

Deixo aqui algumas fotos, e um vídeo de minha apresentação. E a certeza de que felicidade é aqui na terra mesmo que acontece!










sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

MARIA BONITA

foto by Dani Hiro.
Ah! eu queria ser, de todas as Marias,
A maria bonita...
Eu queria ser somente
A tua maria.
Mas não adianta,
O mundo não é vontade minha.
E não será verdade
Eu ser tua maria,
E esta vontade louca
De beijar tua boca
 E ficar contente...

Eu queria ser
Tua maria bonita,
Que fizesse só tuas vontades
Mansa e loucamente.
Mas que grande pretensão!
No mundo há tantas marias
E eu nunca seria a tua,
José, a tua maria...
Só porque você, com certeza,
Não me quereria
Prá tua maria,
Só tua, bonita,
t/ao louca e tão submissa, você é tão machista,
meu José amado.

Olha, eu só queria ser
A maria bonita
Dos teus olhos verdes
E dos teus sorrisos
Tão bem retribuídos...
Você é tão machista,
Mas é tão manhoso,
Meu josé formoso,
Beijos de

Maria.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

DIZEM QUE AMAR DÓI...

Dizem que amar dói. Amar só dói quando é amor preso. Entalado, amarrado, amedrontado em aparecer. Amar é fortalecer o espírito, carregar em si a força de ser melhor, e fazer o melhor pelo outro.
Dizem que amar dói. Amar só dói se os braços estão impedidos de abraçar, as mãos de acariciar, limpar as lágrimas, o colo de dar guarida a quem precisa. Amar não dói. O que dói é represar gestos e sentimento.
Dizem que amar dói. Amar só dói se a palavra fica parada na garganta, se o beijo não se apresenta, se a palavra doce se mistura com a ironia, se o olhar se perde e se desvia, para não denunciar a emoção que se anuncia.
Dizem que amar dói. Amar só dói se o gesto do afago fica no ar, a intenção do amar se afogando em quereres, o corpo latejando como choro contido, torneira pingando, pingando, não dando sossego. Amor amarrado na própria pessoa.


Dizem que amar dói. Amar só dói se o desejo e a ação não são a mesma coisa. E isto acontece desde que o mundo é mundo, faz nascer histórias, faz doer memórias. Amor dói no passado presente, no presente imperfeito e no futuro não anunciado.  Peço coragem para que o amor não doa mais, daqui pra frente, liberto de todos seus fardos.

CHORO

Choro por dentro todas as impossibilidades. Retas não são curvas, a presa não é livre, as recíprocas não são verdadeiras. Amores não são bilaterais; loucuras tampouco. A raiva não é um sentimento subjetivo, e não pode ser silenciada antes de ser identificada. E silenciá-la nem sempre é o que queremos, quando um pescoço mereceria ser torcido.
Choro por dentro todas as descrenças. Quando todos os seres que povoaram nossa infância se esvaem em fumaça, frente a gritante realidade de centenas de bons velhinhos perambulando, versus crianças que nunca viram um presente em suas mãos. Quando filhos vem pedir, implorar aos pais que confirmem que os sonhos existem, tristonhos por terem se confrontado com o cotidiano seco e árido em que habitamos. E os pais choram com os filhos a perda da ilusão.
Choro por dentro pelos desamores. Por todos os momentos em que nos sentimos traídos pelas pessoas, quando percebemos que sermos bons não nos traz absolutamente nada, e que a grandeza de fazer sem esperar do outro é algo mais ficcional do que o bom velhinho do parágrafo acima. E já acuso: quem disser ao contrário ou é santo, ou é falso.
Choro os grilhões que nos assolam. Clichês, contratos, dogmas, regras sociais, que nos impedem de abraçar com a vontade que temos, de darmos o alento que é necessário, soltarmos a palavra que nos fere por dentro, pássaro se debatendo na gaiola, símbolo que não pode chegar ao interlocutor. Muita gente morre disso, eu sei, eu já vi. Morre engasgado em suas próprias paixões e quereres reprimidos.
Choro tudo o que não podemos ainda ser, fazer, ter, choro não podermos nos perder. Porque a razão fala mais alto que os loucos a nos sussurrarem em nossos ouvidos, e a razão nos traz a vara de condão que nos transforma em simples manequins. Os loucos se mudam, impedidos de serem felizes, e se enforcam de ponta cabeça.

Hoje tentei manter a esportiva, mas tive que chorar um pouco. Afinal, mais um pouco de minha inocência e boa vontade morreu, junto com o que eu conhecia como ética e bons costumes. Me afogo nas palavras, ópio da alma, e espero que a ressaca da alma não me dê dor de cabeça. Amém.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Feliz por estar, hoje e amanhã, participando do lançamento de duas antologias, com pessoas mais do que especiais.Poesia e textos dos mais variados estilos, para finalizar este ano com chave de ouro.

Blog Palavra Prima, é para lá que eu vou

Quem chega aqui deve perceber que as postagens estão cada vez mais escassas. O motivo real é a criação, há mais de dois anos, de outro blog,...