Japão
o corpo
quente
a cabeça
fria.
disparidade
entre
a serpente
e o Buda.
Tranquilo
é o jardim
e o lago
aonde debruça-se
a árvore lapidada.
Quente
é a entrada do templo
aonde repousa
pousa
o Buda dourado:
pura essência
irrefreada
que vai morrer
no lago.
E, cruzando meu corpo,
o dragão,
pura e indomada
energia,
suave e potente
elegia
que solta
o fogo
do Buda
na mente
disparmente
fria.
É a chuva
que cai
na entrada
do templo.
É a água do lago
que volve a ser
água
e volverá
a ser nada
no instante
que o Buda
-calor incessante-
a toca.
A árvore lapidade.
E assim
o Japão
chora.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
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