Falso -
O riso, o gozo, até o brilho nos olhos.
Ficou ali,
Adormecida em seu canto,
Não cadáver,
Nem alma.
Apenas seu espanto
Em saber-se ali,
Como parte dos muros,
Dos velhos paralelepípedos,
Da antiga hera a pintar
As paredes das casas.
Algumas quadras a frente,
Numa antiga janela,
Olhos antigos
- Cegos de
lembranças –
Fazem arrepiar
Os pelos de quem passa.
E na viela estreita
Ainda se sente
O cheiro seco
De pobreza
E de cachaça.
Na praça nobre,
Fantasmas de senhoras
Com seus filhos e babás
Passeiam no paraíso,
Assim na terra
Como no céu.
E o pão nosso
De cada dia,
Vai sendo arduamente
Tratado,
Enquanto a velha padaria
Assa sonhos olvidados.- este post é parte integrante do projeto “caderno de notas – terceira edição” do qual participam as autoras Ana Claudia Marques, Ingrid Caldas, Lunna Guedes, Mariana Gouveia, Tatiana Kielberman, Tha Lopes e Thelma Ramalho.
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