E assim pensava eu:
para quem deixarei a minha herança?
para quem, o meu legado?
Pois não vale um centavo furado,
Mas sim a alegria do alforriado?
Para quem deixarei minha fortuna?
Centenas de livros empoeirados,
Que me regeneraram alma e candura,
Mesmo quando imersa em bruma,
Caminhava do inferno lado a lado?
E penso eu:
Quem veramente quererá
esta fortuna que a terra não come,
Mas o homem também não almeja?
Quem adivinhará a graça benfaseja
de brocados de poesia até os pés?
Certamente tal pessoa existe,
pois não me imagino a caminhar sozinha nesta terra.
Para aquele a quem minha herança deixar
lego liberdade d'alma,
pouso para dormir com sonhos,
e coragem para amar...
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Blog Palavra Prima, é para lá que eu vou
Quem chega aqui deve perceber que as postagens estão cada vez mais escassas. O motivo real é a criação, há mais de dois anos, de outro blog,...
-
E quando pensei que minhas estações estavam findas, chegaste tu, já no meu outono. Fresca primavera, olhar de pura espera, me puxou pra si,...
-
Meu primeiro livro acaba de nascer! "O Poente, o Poético e o Perdido" sai pela Editora Biblioteca 24 Horas, que possui uma propost...
De minha avó herdei a toalha verde bordada
ResponderExcluirem richilieu,que ela mesmo me ensinou a bordar...
ponto a ponto,com agulha fininha e paciência de vó.
De minha mãe,o amor pelas coisas...
e pela vida.
Lindo!
Poesia para uma poesia... Mariana Gouveia, temos que escrever juntas!
ResponderExcluir