Meu amigo pássaro voou
Atrás de sua liberdade.
Sem medo, atirou-se ao desconhecido,
Esqueceu o ombro amigo,
Dos nossos laços se desfez.
Fico aqui a pensar:
Terá passarinho, memória?
Sentirá a falta da minha voz,
De dormir em meu ombro,
De me seguir pela casa?
Meu passarinho com modos
De pássaro francês,
Que vinha na mesa e comia meu pão,
Junto comigo, da minha mão;
Que esperava eu preparar o café, para bebericar da colher...
Me bicava irritado,
Quando eu estava ao telefone...
Cantava ao meu ouvido,
Como um apaixonado,
E era muito asseado:
Tomava banho na torneira da pia,
Fosse dia da semana ou feriado...
Alterei sua natureza,
Tendo-o livre apenas em minha casa.
Ele reivindicou-a de volta,
Num simples bater de asas,
Junto com sua nova companheira.
Dei-lhe amor e a liberdade que podia,
Ele aprendeu a lição
E foi buscar o que queria...
No meu sonho ele voou tantas vezes
E voltou,
Mas o sonho não foi ele quem sonhou...
Eu o chamava de minha alma de penas,
E acho que era mesmo,
Ensinou-me mais uma vez
Em sua última lição
A respeitar minha natureza
E me entregar a amplidão...
25/ 07/2012
E lá vão meus olhos a se afogar....
ResponderExcluirLinda homenagem!! Mas a lição é verdadeira, ele buscou a liberdade.
Se ele sente falta de tudo ou não, só ele mesmo sabe mas, no meu coração de amante dos animais, acredito que mesmo que não sinta falta, ele apreciou e valorizou cada momento que tiveram!
Karima, também sinto assim... deixo comida para ele na minha janela, e ainda assobio para ele, quem sabe, voltar...mas acho que eu não voltaria se fosse pássaro, pois o mundo lá fora é maravilhoso, e aqui é minúsculo...bjs!
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