sábado, 11 de maio de 2013

REQUISIÇÃO MATERNA


         Dia das mães, sim. Humm. Mesmo? Então, eu como mãe posso pedir tudo o que eu quiser? Sim? Então e vou pedir, aliás, vou requerer, que é um termo mais bonito, ouvi outro dia, parece assim que impõe  respeito.
         Como mãe gostaria de requerer, assim, requerendo mesmo, querendo duas vezes, e mais se pudesse, que fosse retirada de todos os livros aquela ideia do tal Fróide, que disse que a mãe é culpada de tudo. Sabe o Fróide? Não? Desculpe, se escreve Freud, e não se fala ‘Freude”? já se vê de onde começaram os problemas desse homem...
         Como eu ia dizendo, esse homem não devia gostar das mulheres, devia invejar muito a gente, sabe, porque temos a capacidade de gerar um filho, e ele, não. Pura inveja. Olha aí: mãe espera um filho nascer, nove meses, fica lá, barriguda, com dor nas costas, não pode rir senão faz xixi no pé, aguenta o nenê chutando o estômago, tem um parto que varia de muito rápido a muito sofrido, dependendo se a mulher é parideira ou carpideira, e esse tal Fróide vem com um monte de ideia absurda!
         Por exemplo, ele veio com o tal complexo de Édipo. Me contaram que o tal Édipo casou com a mãe. Olha o absurdo, gente! Quem disse que eu quero casar com meu filho? Vixi! Não que ele não seja bonito, imagina, é o menino mais bonito do mundo, mas que ideia! Mas veja só, vai ser difícil ele encontrar uma moça que esteja a altura dele... mas não tem problema, enquanto isso, a gente cuida, que dever de mãe é esse. Filho é filho até o dia da nossa morte.
         Outra coisa que eu ouvi, no metrô, quando vinha pra casa. Esse tal de Fróide disse que as mães são culpadas por todos os problemas dos filhos. Como assim, como assim? A gente perde o sono, deixa de comprar pra gente pra dar pro filho, só pensa neles, e a gente é culpada de tudo? Não concordo com isso. Mãe devia ser abençoada por tudo, não culpada por tudo! Todas as papinhas que eu fiz, as noites que velei aquele menino com febre. E quando ele corria pro meio da minha cama, querendo dormir junto comigo e com o pai? Hem? Que culpa tenho eu de cuidar do meu filho, ajudá-lo a estudar, ensiná-lo a andar de bicicleta, lhe dar educação?
         Por esse motivo é que como mãe, nesse dia importante, que é meu e de todas as outras mulheres que foram, são e virão a ser mães, eu faço essa requisição, formal até demais pra minha pessoa, mas importante: parem de acreditar nesse Fróide, ele deve ter nascido de um ovo!! Acreditem em nós, mães: nós amamos a todos os filhos. Se isso for errado, então errei. Mas errei com gosto, e vou continuar assim, errando, até o dia do não mais ser... porque ser mãe, é saber dar e tirar na medida exata, porque o que fortalece, já dizia minha mãe, é o que não mata!

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