Queriam que fosses advogado,
Queriam que fosses engenheiro,
Ou matemático ou enfermeiro,
Poderias ser terapeuta, psicólogo,
Ou arquiteto, ou fonoaudiólogo,
Mas a tudo contestaste;
Querias escrever,
Querias a arte.
Ainda tentaste, é bem sabido,
Agradar a todos, pais e amigos,
Mas então tu sufocastes até a dor.
Confessas-te para ti mesmo:
O que eu quero, mas quero mesmo?
É ser escritor!
E descobriste então
Que não necessitavas querer
Algo que já tinhas por direito,
Que viera de seu nascimento.
Pois aprender a escrever,
Assim, por obrigação,
Qualquer um aprende.
Mas a sensibilidade
Para juntar palavras em frases,
Frases em idéias,
E adorná-las de nervos
Que transmitam aos que as lêem
O que sentiste,
Isto é um dom.
E sabes hoje
Que podes sobreviver como
Advogado, terapeuta, engenheiro,
Mas viver, vera, veramente...
Como escritor, somente.
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