Carmé contava agora uma de suas histórias aos médiuns novos, sobre as sessões espíritas que ocorriam em sua casa, havia décadas. Todos bebericavam seu café e pegavam seus lanches, enquanto escutavam a divertida mestra. Ela começou então a contar:
“- gente, de todos os espíritos que acabavam de desencarnar que me apareceram aqui, este foi o melhor. Lá pelas tantas da sessão, em meio as rezas, sentimos a presença de um irmão desencarnado, e ele incorporou num dos médiuns. Logo eu vi que ele havia acabado de desencarnar, poderia estar desorientado, desesperado.
E o espírito logo falou através do médium:
- onde eu estou? Quem são vocês?
-irmão, você está numa sessão espírita...
-eu, numa sessão espírita? O que eu estou fazendo aqui?
-irmão, acalme-se. Você agora está desencarnado, acabou de morrer. Está usando o corpo de um médium para se comunicar e...
Então o espírito interrompeu a frase e disse:
-opa, então quer dizer que eu morri?
-sim,- eu respondi, já começando a me preparar para o desespero do espírito, para a orientação, quando ele disse:
-Graças a Deus! Então quer dizer que eu estou livre daquela família?
E eu, espantada com a reação do espírito:
-sim, senhor!
-Graças a Deus! –e perguntou, desconfiado: -eu não preciso voltar lá para me despedir, não é?
-não senhor...
-então está ótimo! Com quem é que eu vou embora???
-com o grupo de socorristas que estão com o senhor, pois não? –respondi sem entender nada.
-ah, sim! Muito obrigado!
Em seguida, o médium voltou a si, e a mesa toda caiu na gargalhada. É, gente, já vi de tudo nesta vida... Agora, como este espírito, com pressa de ir embora, nunca mais!”
E os ouvintes riram com a história, as gargalhadas ecoando pela cozinha aconchegante, enquanto trocavam idéias, após aquela sessão de sexta feira.
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