Sonhos reais, sonhos que nos fazem acordar no meio da madrugada, coração aos saltos. As cenas nos remetem aos mais profundos anseios, e nos sentimos traídos por nós mesmos, porque não havíamos contado aqueles segredos a ninguém...
Mas sonhos reais são como viagens da alma. Tem cor, tem cheiro, tem sensações de tato, de olfato. Sonhos reais trazem as emoções à flor da pele, do choro ao riso, da saudade a realização.
Sonhos reais nos fazem questionar onde está a verdadeira realidade. Nos fazem questionar o que fizemos conosco, em que ruela nos perdemos, aonde estão os farelos de pão que jogamos para voltarmos a nós mesmos.
Quando acordamos destes sonhos, temos a nítida sensação que tudo se alterou, o mundo não é mais o mesmo do dia anterior, e nem você mesmo. Há um frio na barriga de medo do desconhecido, a um rodamoinho no coração por saber-se vivo.
E há a saudade de um tempo que não existiu, da conversa que não aconteceu realmente, do abraço que marcou sua alma mas não suas vestes, do aconchego que lhe completou a alma, mas não lhe tocou o corpo. O sonho nos conforta, pois temos uma realidade menos morta, como disse um poeta.
Quem bebe desta fonte uma vez, quer sempre voltar a ela. A água é doce, ela refrigera, alimenta. Fonte do sonho é nossa alma, inquieta, perseverante em seu eterno buscar.
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