Dia dos namorados nublados, encimesmados, com músicas de
colo no ouvido, pensamentos de abraços gostosos, aconchegados no sofá, cobertor
e chá; dia de frio, pretexto somente para se aproximar, no pensamento o beijo
chegando antes de se dar, no coração a batedeira que antecede a emoção. Ah! dia
dos namorados, não, dia dos amados, dia dos amantes, pois se o título de
namorados já não mais serve, tentemos ainda amar como antes. E se estiver
sozinho, por que não? olhe-se no espelho, dê-se um beijo de batom vermelho,
declare ser sua maior paixão. Amor é primeiro para si mesmo, para depois ser do
outro, eis o segredo: se você se amar, poderá ser de outro sem medo...
Dia dos namorados, dia em que todo mundo deveria estar
com seu amor ao lado, ainda que distante, como do Oiapoque ao Chuí, ou Sri
Lanka ao Havaí. Quem ama não mede distâncias, não enxerga bobagens, faz de
simples miragens motivos para ser feliz. Quando deixamos de ser namorados,
perde-se a melhor forma de se conjugar o verbo amar, pois acabamos perdendo o
que está a ele atrelado: abraçar, beijar, fazer cafuné, e além de tudo ,e até,
enlevado, o amado olhar...
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