sexta-feira, 1 de junho de 2012

SILÊNCIO


Ouço a balbúrdia de vozes.

No meio de tudo,

O silêncio é diferente.

Na rua, apressados passam

Transeuntes, policiais, biscates.

Papéis soltos voam,

O  vento os projeta longe.

Meus passos, apressados,

Dão o ritmo desta cidade.

Meu espírito, no entanto,

Vaga tranquilo, vagaroso,

Por entre sebes de pinheiros,


estradas de barro

E casas gentis.

Neste lugar

Onde minha’lma mora

O candeeiro ilumina a noite

Borrada de estrelas.

Neste lugar onde repouso

Não chega a balbúrdia

Nem a pressa.

O sol brilha,

E se infiltra nos edifícios

Que se quedam, inertes:

A vida transpassa os signos,

Extrapola a carne

E os movimentos.

A vida me leva longe

Além do meu ritmo,

Além do tempo escasso.

E o silêncio, ah! O silêncio

Tem o calor de um abraço.

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